domingo, 9 de julho de 2017

Meios de transporte - parte 2

Não localizei a autoria, embora seja liberado o uso não comercial.
Depois de escrever sobre os meios de transporte dentro do país, chegou a hora de escrever sobre o transporte nas cidades.
Atualmente, fora o ônibus, a forma diferenciada de transporte existente por aqui é o lightrail, ou simplesmente o bonde, em Jerusalém. Operado pela empresa Citipass, o bonde de Jerusalém foi a alternativa que melhor se adapatava a realidade daquela cidade, aumentando a velocidade do transporte público. Por ser um transporte de nível, não demandou escavações, que além de serem natualmente caras, poderiam criar novos sitios arqueológicos inesperados pela cidade, pois ao longo de mais de 3 mil anos de história, a cidade foi sendo construida em cima da ruinas anteriores, chegando a atual característica arquitetônica. Ou seja, as chances da obra sofrer diversas paralizações e ter o seu orçamento estourado era imensa.

É um meio rápido, muito confiável e que transita em vias exclusivas, não sofrendo influência do transito da cidade, com exceção aos cruzamento. Por ter um aspecto muito contemporâneo, contrasta com a arquitetura milenar da cidade, que foi preservada. Outro ponto de contraste, e causador de polêmicas até hoje, é o viaduto que passa ao lado do Terminal rodoviário. Com assinatura do arquiteto espanhol Santiago Calatrava (o mesmo do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro), o viaduto é preso por estaios numa coluna imensa (118m), que foge da média das construções de Jerusalém.
Mas não é o transporte principal da cidade, que preferencialmente utiliza ônibus convencionais, embora o convencional daqui seja muito diferente do Brasil. São ônibus confortáveis, com ar condicionado, pontos de recarga usb e principalmente: mais silenciosos.
Nas demais cidades, apenas os ônibus fazem o transporte.
Algo curioso que notei aqui é que muitos taxistas costumam a dirigir em baixa velocidade e as vezes buzinam para os possiveis pasasgeiros em pontos de ônibus, especialmente em horarios de maior fluxo, tentando conquista los para mais uma viagem.
Taxi, alias, é um transporte bastante curioso para nós brasileiros. Em geral, aqui o valor da corrida é combinado antecipadamente, mesmo em algumas cidades sendo regulamentado o uso do taxímetro. Outro ponto curioso são os veículos utilizados. Se você der muito azar, será levado num Renault meio velho. Porém, no geral, andará em veículos relativamente novos, e de padrão muito superior ao esperado, como Mercedes-Benz Classe C, BMW série 3, Skoda Octávia, Kia Optima ou mesmo o hibrido Toyota Prius. Carros considerados de certo luxo no Brasil. Isto ocorre pois o padrão de vida aqui é diferente do Brasil. O salário mínimo é próximo a 4500 shekels, mas a média salárial no país de de 6000 shekels. Israel é considerado um país rico, porém a média da população vive bem, num ritmo de classe média, sem ter tantos milhonários ou pobretões como no Brasil.
Com exceção ao Lightrail, os ônibus podem ser pagos diretamente ao motorista, ou, em algumas cidades como Beer Sheva, o pagamento é feito somente através de uma maquininha que depois lhe emite um recibo, e que deve ser guardado até o final da viagem - no caso de Beer Sheva, aliás, é necessário pagar exclusivamente com moedas, e em caso de troco, deve a pessoa deve dirigir se a uma loja da Rav Kav, como no Terminal Central de Beer Sheva, e solicitar o troco, pois a maquininha só emite um recido de troco.
Cidadãos israelenses podem emitir gratuitamente um cartão para pagamento do transporte. Parecido com o Bilhete Único em São Paulo, o Rav Kav funciona em todo o país, e há casos que funciona até mesmo para ônibus intermunicipal - minha ida e volta de Jerusalém foi paga com ele, mas minha viagem para Eilat não pode. Nos trens ele também funciona, porém neste caso, é necessário ir a bilheteria e registrar o destino da sua viagem. O interessante é que ao carregar 100 shekels, se recebe 20 shekels a mais, valor referente ao desconto que é dado no transporte.
O Lightrail, para quem não possui o Rav Kav, deve ser pago antecipadamente através de totens de auto atendimento, multilinguas (hebraico, árabe, inglês), com cartão de crédito, débito (para israelenses) e dinheiro.
De qualquer modo, em qualquer meio de transporte, onde houve um comprovante de viagem, guarde o até o final, pois sempre há quem venha conferi los, e em caso de recusa ou não te los, será multado e terá um prazo para paga-los. No caso de turistas, vale o mesmo, sendo que não poderá deixar o país sob qualquer pretesto sem o pagamento efetuado em moeda local. No caso do trem, além da conferência, será necessário para liberar a saída na estação de destino.

sábado, 8 de julho de 2017

Meios de transporte


Estação HaShalom, em Tel Aviv, acesso direto ao Azrieli (ao fundo)
Embora Israel seja um país muito pequeno com seus 22.072 km², é muito estreito, o que faz com que de Norte a Sul seja possível percorrer uma distância consideravelmente grande, mas como o turismo é mais forte nas áreas mais centrais do país, com algumas escapadas para o norte, como Haifa, Tsfat e as colinas do Golan, e o sul como Massada, Mitzpe Ramon e Eilat, as distâncias percorridas na verdade não são tão grandes assim.
Dito isto, temos internamente três formas de locomoção: ferroviária, rodoviária e também aeroviária.
A empresa que controla as operações de trem por aqui é a Rakevet Israel (literalmente "Trem de Israel"), que presta bons serviços desde Naharia (o ponto mais ao norte, em expanção), até Beer Sheva (com um ramal até Dimona) no Sul. Caso esteja curioso, o mapa das linhas de trem está aqui, em inglês. O transporte é bom, com trens novos ou renovados, a maioria com duplo deck, com ar condicionado, usb ou tomadas em quase todos e alguns com wi-fi, além de banheiro. As falhas que notei são:


  1. Não atenderem até Eilat, balneário turistico no extremo sul, junto ao Mar Vemelho. Há um projeto sob análise, pois também há uma forte necessidade para transporte de carga do comércio com países Asiáticos, além de Israel ser também uma rota intermediária entre Europa e Japão, Coréia do Sul e China (basicamente);
  2. Até a região da Galiléia, embora uma parte já esteja em construção. Local bastante requisitado para turismo religioso, bem como moradores israelenses;
  3. E o trêm até Jerusalém sobe com certa lentidão, por ser uma das linhas mais velhas, operada em muitos trechos em via única, além de ter uma forte subida, pois a capital de Israel fica a mais de 900m acima do nível do mar. O trem bala que sairá Tel Aviv sofreu constantes durante sua construção, estando finalmente prevista para ser entregue em 2018, com anos de atrasos, além de troca de empreiteiras.
Há também linhas de onibus entre as cidades atendidas quase que com exclusividade pela Egged, em muitos casos, sendo opções mais baratas, porém sem banheiro, entre cidades do país. Minha única ressalva é por eu ser alto (1,85m), noto o pouco espaço entre as poltronas, precisando deixar as pernas um pouco voltadas para o corredor. No demais, o serviço é rápido, o ar condicionado é bom, e os motoristas dirigem bem.Existe também uma rota aérea dentro de Israel, e poucos sabem disso. A Arkia Israeli é a única empresa local a oferecer voos entre Tel Avi e Eilat, que tem uma duração de uns 30 minutos. A El Al já ofereceu, mas atualmente prefere dar atenção as suas rotas internacionais. É uma alternativa interessante, frente a viagem de mais de 5 horas partindo de Tel Aviv.
Em breve eu escreverei mais sobre o transporte nas cidades. Por enquanto deixo um shabat shalom a todos.

Israel e a alimentação


Barraca de frutas do Shuk (feira) beduino de Beer Sheva
Alimentação ora é uma expressão cultural, ora regional. Há regiões do mundo onde não é possível ter, por exemplo, açúcar vindo da cana, por isto mesmo ainda é produzido a partir da beterraba (Alemanha). E há questões culturais como a religiosidade e a origem do que foi produzido.
Israel é um bom produtor de hortifrutigrangeiro; grande seria se a produção fosse para exportação, com boas exceções. Embora 60% do território seja desértico, isto não impediu e não impede ainda o crescimento na produção de alimentos. Pela excassez de terra e água, manter longa cadeia de pasto não faz sentido, sendo mais fácil importar carne bovina e produzir localmente frango, suíno (mais para exportação) e parte dos ovinos por aqui. Os bovinos locais estão voltados para a produção de laticínios.
Por conta disto, se formou uma cultura envolta numa alimentação majoritamente vegetariana, embora não exclusivamente. A visão mais progressista e laica judaicas vêem na Torá prevalecendo a alimentação vegetariana. A visão ortodoxa é do homem prevalecendo sobre as demais criaturas, cabendo se alimentar delas (com restrições) para elevar as almas destes seres. Independentemente do que você queira acreditar, a maioria da população privilegia o vegetarianismo, com um médio/baixo consumo de carnes.
Não a toa a população local é majoritamente é saudável e magra. Não deixa de ser a famosa alimentação mediterrânea, numa variante Israeli.
O típico café da manhã aqui é basicamente uma salada: tomates, picles, cenoura, acelga e repolho refogagos. Queijos cotage e ricota, cream cheese e leite, e al´wm grapefruit (ou toranja, aquela "laranja" vermelha por dentro), maça verde e laranja, café shahor ou instantâneo.
O almoço também tende a ter muita salada, peixes ou carnes magras, assim como o jantar, onde tende a ser mais leve ainda. E os lanches da manhã e da tarde normalmente são frutas, um pequeno pão, assim como é comum ver gente comendo cenouras, pimentão, pepino.
Num futuro próximo eu abordarei sobre os pratos típicos daqui, por enquanto, fiquem com as fotos do buffet de café da manhã que eu provei em Eilat.

Segurança

Todos são revistados antes de entrar em locais de grande concentração.
Se você, caro leitor, não for judeu, mas mora em cidades com membros da comuniadde judaica, onde tenha sinagogas ou eventualmente escolas e instituições judaicas, já deve ter notado que há todo um aparato de segurança em volta.
Quase todas as sinagogas tem seguranças e barras de concreto na calçada. As maiores ainda apresentam um "arsenal" de métodos de segurança e todas conectadas entre si e a FisespConib e o governo de Israel. Acreditem que isto gera dificuldades até para nós membros da comunidade, mas relevamos quando sabemos de quantas iniciativas como a do atentado terrorista em Buenos Aires de 1994 foram evitadas por aí.
Em Israel não é muito diferente. Embora as sinagogas sejam todas abertas ao público, por todos os lados há sinais de cuidados com a segurança geral, não importa a quem, não importando a religião.
A que me chama a atenção é o Miklat, o abrigo anti bomba. Em shoppings, terminais de ônibus, trem e aeroporto também tem, menos evidentes. As construções aqui são feitas pensadas num  possível ataque dos nossos ilustres vizinhos. Felizmente, faz ao menos 2 anos que não há sérios problemas de bombas sendo lançadas por aqui. Só algumas que o Hamas insiste em lançar, mas caem no deserto, ou o Iron Dome cuida de interceptar e explodir em pleno voo. Sabe como é, eles só tem pedras pra se defenderem...
Ao entrar num shopping, num terminal de ônibus, no Muro Ocidental, em escritórios, todos serão revistados. Aqui em Israel, é corriqueiro e não se questiona, reclama ou tenta se fazer de esperto ou de superior, pois não adianta, ninguém é melhor que ninguém.
Para turistas, há um plus. Ao chegar a hotéis, sua bagagem será inspecionada sem sua presença e depois levada para você. Em excursões, normalmente ao sair de hotéis, a bagagem será deixada na calçada e você deverá reconhece la, senão será deixada no local e um esquadrão anti bombas será acionado.
Portanto, ao vir para cá, tenha paciência. A segurança é geral, e em alguns casos, se assemelham a de voos internacionais. Acrescento que nunca passei vergonha como passava no Brasil ao tentar entrar numa agência bancária. Aquilo é vergonhoso, o que temos aqui é motivo de orgulho, pois os atentados recentes na Europa aqui não mais tem se repetido. E podemos, com maior frequencia, andar a vontade e em paz, que é isso que queremos, como diz a canção:
"Osse Shalom bimrumav. Hu iasse shalom aleinu, veal col Israel. Veimru: Amén" (interpretação de Nurit Hirsh)
Aquele que fez a paz no céu, trará a paz sobre nós, e sobre Israel. E digamos: Amén.

Yad Vashem - Museu do Holocausto

O Museu do Holocausto, ou Yad Vashem, em Jerusalém, é o maior e mais completo local com informações a respeito da Shoá em todo o mundo.
Fica no bairro a sudoeste de Jerusalém, em Ein Kerem, local que embora tenha ares mais contemporâneos, tem uma rica história antiga, como sendo o local de nascimento de João Batista, aquele que batizou jesus.
O terreno do museu é, ao meu ver, do tamanho da metade do Parque Vila Lobos, ou seja, é muito grande.
Todo construído e mantido sob doações generosas, as visitas são gratuítas, embora seja sempre de bom tom, e fora do costume brasileiro, fazer uma doação ao final.
A exposição é permanente e impressionante, pois trata com riqueza de detalhes, incluindo reconstituição de cenas, como o Gheto de Varsóvia, para contar um pouco do que foi a evolução do ódio aos judeus, que culminou no maior massacre de um único grupo.
Infelizmente, ou felizmente, não se pode fotografar durante a exposição. Infelizmente por eu não poder ilustrar melhor o que eu vi, e felizmente pois isto obrigou a todos que ali estavam, a prestar a atenção no que estava exposto. 
Vista do Monte Herzl, ao final da visita.
Duas das partes que mais emocionaram foram as exposições de sapatos, visivelmente desgastados e sujos, e ao final, onde há também o arquivo de cada judeu que foi documentado a respeito de sua própria tragédia, e nesta mesma sala, diversas fotos que foram recuperadas dos que pereceram nesta tragédia.
Minha visita por Jerusalém, portanto, começou assim, com uma tristeza sem fim, uma dor que não se cala. E por mais que possa parecer paradoxal, é melhor que seja assim, conhecer pelo registro do que houve de pior, e depois seguir para o que há de melhor, pois o que ocorreu não tem mais volta, mas nos cabe sempre recordar e lutar para que não se repita, e seguir em frente, pois a vida é cíclica, feita de altos e baixos.
Antes de terminar, lembro que para chegar ao museu, basta se orientar pelo Citipass, o moderníssimo trolebus de Jerusalém. Passa bem pertinho.

Beer Sheva

Centro de Beer Sheva, perto dos terminais de Trem e Onibus
É a cidade que moro em Israel, também chamada de Bersebá. Cidade bíblica onde Abrahão teria cavado poços d'água, com autorização de Abimeleque. Devido ao forte calor ainda não fui conhecer a cidade velha, que dizem, é pequenina.
O restante da cidade é desenvolvida, com a parte central mais bonita que os bairros periféricos, onde também há um comércio forte e a maior parte dos postos de trabalho por aqui.
Até agora eu posso afirmar que, embora eu tenha elogios a fazer, não é uma cidade turística. Pode, no entanto, ser usada com ponto de passagem para outras mais interessantes, como Eilat, cidade balneária no Mar Vermelho, onde não há conexão via trem, apenas ônibus. Ou Mitzpe Ramon, um pouco ao norte de Eilat, onde há formações rochosas muito interessantes.
O que me chamou mais a atenção aqui é o caldeirão cultural existente. Muçulmanos diversos são facilmente vistos, placas em árabe também, embora poucos falem árabe. Além das mais variadas origens: russos, sempre formando um grupo forte e unido, etiopes, que estão se integrando a sociedade, porém ainda carreguem um forte sotaque característico. Os hispânicos ainda são poucos, mais começam a se notam, além dos brasileiros.
Porém, como esperava, os hispânicos estão se fechando em sí. Tem muita dificuldade em entender o hebraico, o alfabeto e a pronuncia, e pelo que tenho visto, logo no começo desistem dos estudos, o que os condiciona a um grupo de quase excluídos, conseguindo somente empregos operários, pois, embora muitos russos não falem hebraico, eles representam cerca de 1,5 milhão de habitantes em toda Israel, enquanto os hispânicos nem 10% disso. Para mim, em especial, é uma forte preocupação, pois eu não me mudei de país para ficar em gueto, e sim me integrar cada vez mais a sociedade geral. Tenho, portanto, evitado grandes interações com os que aqui estão no mercaz klitá (centro de absorção).
Com o tempo, se possível, quando possível, quero ir cada vez mais para a região central, onde fica Tel Aviv, onde, segundo recomendações e algumas pesquisas, o mercado de trabalho de fotografia é forte. Porém isso vai demandar tempo, pois também é a região mais povoada, desejada e cara do país.
No momento estou mais concentrado nos estudos e não estou trabalhando. E provavelmente meu primeiro trabalho será em qualquer área, primeiro para juntar dinheiro, e segundo para ganhar fluência.

Imigrar? Para onde?

Quando se pensa em morar fora do país como imigrante é diferente de ser através de intercâmbio, e deve se considerar qual país quer te receber com este status. Pra mim, Israel foi a única alternativa, até mesmo por não ter interesse em imigrar para outro país.
Mas Israel só aceita imigrantes novos desde que sejam judeus, ou casados com judeu.
Então, se você tem pretensão de viver fora, já pensou se tem algum país que queira te receber? Duas alternativas normalmente bem vistas são Canadá e Austrália, e incluo também a Lituânia. Com baixo crescimento demográfico, estes três exemplos tem programas de absorção de imigrantes, onde você necessita saber a língua local (não estou certo sobre a Lituânia), e estar disposto a trabalhar em determinados campos de conhecimento a se verificar. Não garantem trabalho, mas se você descer do salto alto, logo arruma um mesmo fora da sua área, para se manter, e depois acaba encontrando algo mais com a sua cara.
Porém Israel é diferente, pois além de aberto a qualquer judeu, não tem limitação a respeito da profissão dos candidatos e nem mesmo a língua, embora seja de extrema importância como escrevi anteriormente.
Mas independentemente do local escolhido, você já parou para pensar o que deixará para trás? Familia, amigos, namorado (a), bicho de estimação, festinhas a toda e qualquer hora, hábitos, comida, muitos pertences...
O Brasil vive um momento díficil em sua política (e para evitar polêmicas, será o máximo que escreverei a respeito), que tem se refletido em sua economia. E com isto, cresce a insatisfação de muitos assim como o pensamento em imigrar. Mas peço por um minuto de atenção: O Brasil não vive o que a Venezuela vive, ou mesmo o que se passou na Argentina no começo dos anos 2000. Escrevo isso não apenas por ser um otimista, mas para que uma possível escolha pela imigração não seja motivada apenas por ressentimentos e mágoas, e sim pela chance de vivências coisas diferentes, ou mesmo se encaixar melhor numa cultura.
É muita coisa que se deixa para trás, porém se você se concentrar apenas nas perdas, devo informa-lo que você tende a ser um péssimo candidato, pois é necessário superar isto tudo e pensar nos ganhos: qualidade de vida, novo idioma, novas condutas, experiência profissional e pessoal, segurança, novos amigos, saúde...
A minha escolha por imigrar foi se formando aos poucos, creio que desde de 2013 eu já pensava a respeito, mas apenas no início de 2016 eu tomei a decisão e passei a salvar todo e qualquer dinheiro para esta empreitada, além de tomar todas as providências a respeito.
E embora Israel ofereça ajuda de custo para os primeiros meses e redução de impostos e outros tributos e curso intensivo de 5 meses de hebraico, ter seu próprio dinheiro é sempre fundamental, pois o caso de Israel talvez seja único, e ainda assim, o valor dado está abaixo do salário mínimo daqui. Dá para viver sob rígido controle.
Outra dica inicial que eu dou é a respeito da sua saúde. Por mais bagunçado que o SUS seja, tem seus pontos fortes, como vacinação gratuíta. Já com antecedência, busque tomar vacinas que não tomou, e não apenas aquelas do momento, como atualmente é a da Febre Amarela, que deve ser reaplicada a cada 10 anos. Hoje é pouco divulgado, pois o que dá ibope é falar da "novela" Lava-Jato, mas há no Brasil um surto de Hepatite do tipo A (relacionada a falta de higiêne) e B (DST que também passa também compartilhando até lixa de unha), e chegar a um novo país, por mais avançado que seja o sistema de saúde, e adoecer sozinho não é gostoso e nem fácil de se levar, acredite!

Bem vindos!

E aqui reinicio o blog dedicado a minha vida em Israel, que estava hospedado nos servidores do Wix, até então. Dentre as motivações da escrita, uma das que considero mais importantes é tentar mudar um pouco dos paradigmas a respeito deste país tão pequeno e controverso.
Uns pensam que se vive em tempos bíblicos, outros em constantes guerras, outros um país altamente tecnológico, outros mais um estado opressor de minorias. O quanto de cada um é verdade, e se é verdade?
Em absoluto este é um blog com finalidades religiosas, mas em se tratando da terra onde nasceram duas das três religiões Abrahâmicas, Judaismo, Cristianismo, e o Islamismo, que aqui se baseou, é impossível não tratar disso. Só que gosto de deixar claro que o meu conhecimento religioso é fraco, e mesmo sendo judeu, me considero pouco conhecedor a respeito. Exigo respeito, acima da tolerância, entre povos e culturas, e eventuais críticas serão baseadas em fatos correntes e fundamentadas, não se tratanto, de críticas as bases ou conceitos.
Não prometo frequência de publicações ou mesmo que responderei a contatos enviados, pois posso estar envolvido também com outras atividades.
Espero que minha estada por aqui seja tão tranquila quanto o andamento deste blog.

2 anos longe de muitos, mais perto de mim.

Já pararam para pensar que a vida de uma pessoa é como um livro, escrito em tempo real? Felizmente, ou não, jamais teremos acesso a totali...