sábado, 8 de julho de 2017

Beer Sheva

Centro de Beer Sheva, perto dos terminais de Trem e Onibus
É a cidade que moro em Israel, também chamada de Bersebá. Cidade bíblica onde Abrahão teria cavado poços d'água, com autorização de Abimeleque. Devido ao forte calor ainda não fui conhecer a cidade velha, que dizem, é pequenina.
O restante da cidade é desenvolvida, com a parte central mais bonita que os bairros periféricos, onde também há um comércio forte e a maior parte dos postos de trabalho por aqui.
Até agora eu posso afirmar que, embora eu tenha elogios a fazer, não é uma cidade turística. Pode, no entanto, ser usada com ponto de passagem para outras mais interessantes, como Eilat, cidade balneária no Mar Vermelho, onde não há conexão via trem, apenas ônibus. Ou Mitzpe Ramon, um pouco ao norte de Eilat, onde há formações rochosas muito interessantes.
O que me chamou mais a atenção aqui é o caldeirão cultural existente. Muçulmanos diversos são facilmente vistos, placas em árabe também, embora poucos falem árabe. Além das mais variadas origens: russos, sempre formando um grupo forte e unido, etiopes, que estão se integrando a sociedade, porém ainda carreguem um forte sotaque característico. Os hispânicos ainda são poucos, mais começam a se notam, além dos brasileiros.
Porém, como esperava, os hispânicos estão se fechando em sí. Tem muita dificuldade em entender o hebraico, o alfabeto e a pronuncia, e pelo que tenho visto, logo no começo desistem dos estudos, o que os condiciona a um grupo de quase excluídos, conseguindo somente empregos operários, pois, embora muitos russos não falem hebraico, eles representam cerca de 1,5 milhão de habitantes em toda Israel, enquanto os hispânicos nem 10% disso. Para mim, em especial, é uma forte preocupação, pois eu não me mudei de país para ficar em gueto, e sim me integrar cada vez mais a sociedade geral. Tenho, portanto, evitado grandes interações com os que aqui estão no mercaz klitá (centro de absorção).
Com o tempo, se possível, quando possível, quero ir cada vez mais para a região central, onde fica Tel Aviv, onde, segundo recomendações e algumas pesquisas, o mercado de trabalho de fotografia é forte. Porém isso vai demandar tempo, pois também é a região mais povoada, desejada e cara do país.
No momento estou mais concentrado nos estudos e não estou trabalhando. E provavelmente meu primeiro trabalho será em qualquer área, primeiro para juntar dinheiro, e segundo para ganhar fluência.

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