sábado, 8 de julho de 2017

Imigrar? Para onde?

Quando se pensa em morar fora do país como imigrante é diferente de ser através de intercâmbio, e deve se considerar qual país quer te receber com este status. Pra mim, Israel foi a única alternativa, até mesmo por não ter interesse em imigrar para outro país.
Mas Israel só aceita imigrantes novos desde que sejam judeus, ou casados com judeu.
Então, se você tem pretensão de viver fora, já pensou se tem algum país que queira te receber? Duas alternativas normalmente bem vistas são Canadá e Austrália, e incluo também a Lituânia. Com baixo crescimento demográfico, estes três exemplos tem programas de absorção de imigrantes, onde você necessita saber a língua local (não estou certo sobre a Lituânia), e estar disposto a trabalhar em determinados campos de conhecimento a se verificar. Não garantem trabalho, mas se você descer do salto alto, logo arruma um mesmo fora da sua área, para se manter, e depois acaba encontrando algo mais com a sua cara.
Porém Israel é diferente, pois além de aberto a qualquer judeu, não tem limitação a respeito da profissão dos candidatos e nem mesmo a língua, embora seja de extrema importância como escrevi anteriormente.
Mas independentemente do local escolhido, você já parou para pensar o que deixará para trás? Familia, amigos, namorado (a), bicho de estimação, festinhas a toda e qualquer hora, hábitos, comida, muitos pertences...
O Brasil vive um momento díficil em sua política (e para evitar polêmicas, será o máximo que escreverei a respeito), que tem se refletido em sua economia. E com isto, cresce a insatisfação de muitos assim como o pensamento em imigrar. Mas peço por um minuto de atenção: O Brasil não vive o que a Venezuela vive, ou mesmo o que se passou na Argentina no começo dos anos 2000. Escrevo isso não apenas por ser um otimista, mas para que uma possível escolha pela imigração não seja motivada apenas por ressentimentos e mágoas, e sim pela chance de vivências coisas diferentes, ou mesmo se encaixar melhor numa cultura.
É muita coisa que se deixa para trás, porém se você se concentrar apenas nas perdas, devo informa-lo que você tende a ser um péssimo candidato, pois é necessário superar isto tudo e pensar nos ganhos: qualidade de vida, novo idioma, novas condutas, experiência profissional e pessoal, segurança, novos amigos, saúde...
A minha escolha por imigrar foi se formando aos poucos, creio que desde de 2013 eu já pensava a respeito, mas apenas no início de 2016 eu tomei a decisão e passei a salvar todo e qualquer dinheiro para esta empreitada, além de tomar todas as providências a respeito.
E embora Israel ofereça ajuda de custo para os primeiros meses e redução de impostos e outros tributos e curso intensivo de 5 meses de hebraico, ter seu próprio dinheiro é sempre fundamental, pois o caso de Israel talvez seja único, e ainda assim, o valor dado está abaixo do salário mínimo daqui. Dá para viver sob rígido controle.
Outra dica inicial que eu dou é a respeito da sua saúde. Por mais bagunçado que o SUS seja, tem seus pontos fortes, como vacinação gratuíta. Já com antecedência, busque tomar vacinas que não tomou, e não apenas aquelas do momento, como atualmente é a da Febre Amarela, que deve ser reaplicada a cada 10 anos. Hoje é pouco divulgado, pois o que dá ibope é falar da "novela" Lava-Jato, mas há no Brasil um surto de Hepatite do tipo A (relacionada a falta de higiêne) e B (DST que também passa também compartilhando até lixa de unha), e chegar a um novo país, por mais avançado que seja o sistema de saúde, e adoecer sozinho não é gostoso e nem fácil de se levar, acredite!

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