segunda-feira, 14 de maio de 2018

Israel e Irã: Pensamentos sobre o último conflito

Infelizmente, desde a queda do regime dos Xás no Irã e a consequente Revolução Islâmica naquele país, as relações com Israel só vem de mau a pior ao longo dos anos. Históricamente, judeus tem presença naquele país há mais de 2500 anos, conforme relatado inclusive na Bíblia (livro de Ester) com a queda do 1º Templo de Jerusalém (o Templo de Salomão). O tratamento a judeus daquele país até os dias atuais é tido como bom, gozando de privilégios como a permissão do consumo de vinho para as festividades, sendo que bebidas alcóolicas são proibidas naquele país (embora facilmente encontrado a venda até com a polícia iraniana, que eventualmente entrega em casa, conforme relato de turistas). O porém fica para a proibição de manterem contato com Israel. 
Como é distante, Irã usa Síria e Líbano com escudos para atacar Israel
É tido que o início do último conflito na região norte de Israel tenha se iniciado após uma apresentação do governo de Benjamin Netaniahu, com dados ultra secretos obtidos pela Mossad, a respeito de uso militar da energia atômica por parte do Irã. Em suma, segundo "Bibi" Netaniahu, o Irã mentiu.
O atual presidente dos EUA, Donald Trump, desde sua campanha eleitoral, vinha afirmando que o acordo para uso civíl e pacífico de energia nuclear pelo Irã, e a retirada das sanções econômicas ao país dos Aiatolás, foi um erro do governo de Barak Obama e por isto mesmo retirou seu país deste acordo, embora os demais países continuem nele. 
Israelenses lançaram esta campanha aos Iranianos

Embora as acusações do governo israelense sejam graves, ainda assim não me parece um motivo para um conflito armado. E mesmo que fosse (se é que existe justificava plenamente válida para guerrear), fica cada vez mais claro que o Irã usa a Síria, já bastante debilitada por conta da grave Guerra Civíl que enfrenta, e o Líbano, que ainda se reergue da Guerra Civíl nos anos 80, como escudos para seus ataques. Afinal, geograficamente, o Irã é muito distante de Israel. Desde a Guerra contra o Iraque nos anos 80, o Irã não foi atacado militarmente por nenhum país, o que não se repete com Israel.
Uma primeira questão que eu me faço é porque um país com milhares de quilômetros de distância, com no mínimo dois países entre eles, tem bases militares noutro, que faz fronteira com Israel? Só pode ser mais do que provocação: para guerrear. E quantas bases militares Israel tem em qualquer pais do mundo? Nenhuma! Vindo de um país que diz querer varrer do mapa duas das três maiores cidades de Israel é extremamente grave este comportamento iraniano.
Iranianos respondem, mas porque escondem os rostos?
Há também que se notar a diferença nos discursos dos líderes dos dois países. De um lado, se prega a destruição de Israel, do outro impedir que o primeiro alcance armas de destruição em massa e atômicas. Mas ainda assim, num jogo baixo de discursos fracos, tanto por políticos como jornalistas, brasileiros e extrangeiros, Israel é quem leva a culpa.
No caso do último ataque, que começou com Israel destruindo bases militares iranianas na Síria, e teve como resposta ataques ao território israelense, gerou uma repercução também pela "desproporcionalidade" dos ataques, pois nenhum dos mísseis lançados a Israel atingiu o espaço aéreo israelense, e o que "prova" que o armamento iraniano é de baixo alcance, e que Israel usa de força excessiva para conte los. Oras... quem garante que isto não se trata de uma provocação e um teste por parte dos iranianos? E quem garante que a iniciativa dos ataques não seja de desviar as atenções de onde poderiam vir ataques de fato de longo e alto alcance? E mesmo que seja verdadeira a afirmação da fraqueza militar deles, se alguém colocar a mão no fogo e se queimar implica que a culpa é do fogo? Cada um usa as armas que possui, e há que se analisar os alvos. Do lado iraniano, misseis lançados contra alvos civis, e de Israel, ataques a bases militares. Portanto, um lado quer a destruição de quem estiver pela frente, não se importanto com quem, e do outro a destruição de armamentos. 
Da minha parte, acredito muito mais que iniciativas como a dos cartazes acima sejam muito mais importantes do que se pensa. É o indicativo de uma mudança vinda da iniciativa popular e que espero avançar a esfera política. Não custa sonhar e trabalhar por este sonho, não é?
De todo modo, a situação nas ruas, mesmo no Norte de Israel é calma. Como disse em redes sociais, passei as últimas noites indo a bares para acompanhar a Neta Barzilai no festival musical Eurovision de 2018. No norte, na região da Galiléia e das Colinas do Golan, embora nada de mal tenho ocorrido, apenas os abrigos anti bombas permanecem abertos, limpos e com mantimentos, por precaução. Passeios pela região podem ser mantidos sem medos ou sustos, e viagens para cá não devem ser adiados ou cancelados. Venham e passeiem! Israel é um dos países mais seguros e fara o possível para que isto se mantenha para todos aqui, cidadãos ou turistas.

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