Poderia abordar questões históricas, mas o momento me pede alguns pensamentos a respeito do último conflito, em 2018, onde frequentemente noticiário mostra a morte de diversos civís naquele território.
Há que se observar sempre o ponto de vista de onde vem as notícias e fotografias. Em qualquer local de conflito, se as notícias vierem apenas do lado mais fraco, a tendência é de se mostrar este lado apenas como vítima e o outro apenas como agressor. Historicamente é a forma como o conflito com Israel tem sido retratado, daí as distorções constantes. As agressões vem de ambos os lados, de diversas formas, portanto ambos ferem e saem feridos.
Este último conflito é por conta dos 70 anos da fundação de Israel, onde o grupo terrorista Hamas tem incitado a população de Gaza a tentar invadir o território israelense, numa tentativa de recuperar o que um dia pode ter sido de seus antepassados recentes. E com a recente transferência da Embaixada dos EUA para Jerusalém (inaugurada justamente em 14/05/2018), teria sido o motivo adicional para entrar em conflito.
O primeiro ponto que me chama a atenção é que se é sabido que Israel tem um exercito forte e extremamente preparado, me parece que uma tentativa de invasão se assemelha ao dito popular "dar muro em ponta de faca". Se bem que houveram alguns poucos que conseguiram ultrapassar a fronteira e foram presos em território israelense.
Foto: Reuters - obtida nesta reportagem. |
Sei o peso da minha escrita, e não a fiz por conhecimento empírico, e sim por ser formado em Comunicação Social, com passagem por um Bacharelado de Jornalismo (inconcluso). Há diversos estudos de mestrado e doutoramento a respeito de diversas forma de abordagem no jornalismo.
Ou seja, há duas peças nessa mesa de xadrez que são fundamentais: o circo midiático e insuflar a população a se atirar contra um dos maiores exercitos do mundo.
Outro ponto que me chama a atenção há anos é que Israel, em especial os governos de direita como de Benjamin Netaniahu, não se dão conta que a cada uso excessivo da força como o fazem em Gaza, ao manterem apenas uma estratégica belicista, contruíbe para a percepção negativa mundial sobre o conflito. Não me refiro que tirar tropas e chamar para bater um papo - este absolutamente não é o momento para isto. Mas insistir numa busca da paz apenas através de ações militares prova, há mais de 70 anos aqui, e séculos mundo a fora, que não funciona. É claro que do lado palestino também há muitos erros, como a valorização da morte para criar a imagem de mártires, incluindo crianças, ao contrário da lei judaica de valorização da vida sob todos os apectos.
Gilberto Gil diz em sua música que "a bomba sobre o Japão fez nascer o Japão da paz". Não é sempre assim, meu caro. Nem tudo se resolve com porrada, tiro e bomba.
Entristece me muito saber que estou em plena segurança, levando uma vida normal como deve ser, enquanto uma população é afligida por diversas formas, como as péssimas escolhas políticas locais e os ataques vindos de fora.
Finalizo esta publicação com o alento de ter parcipado de um protesto pacífico contra o forma como este conflito é conduzido, e compartilho um dos poucos vídeos narrados de maneira neutra, sem tender para nenhum dos lados, embora com algumas imprecisões. Que tenhamos paz. Quem tenham paz!
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