quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Aborto

O tema é polêmico e vou primeiramente abordar sobre a lei em Israel.
O Aborto aqui é legalizado!
Isto não implica que seja simples de ser feito na rede pública, pois cada caso é analisado por uma junta médica que proferirá sua decisão. Um dos pontos observados é o período da gestação. Em casos de procedimento particular, não há qualquer barreira legal, exceto o valor, como qualquer outro procedimento médico.
O aborto é, na minha visão, uma agressão ao corpo da mulher, mas as origens da gravidez, por vezes são agressões física e psicológica tão ou maiores quanto. O fato de eu ser religioso e contra o aborto não me impedem de ser a favor da legalização do procedimento. Creio que valores religiosos não podem se sobrepor as vontades e necessidades reais das pessoas.
Há alguns pontos que gostaria de colocar para explicar minha posição. Como eu não sou mulher, não posso gerar um filho em meu ventre e isto me coloca numa posição de passividade frente ao que se passa na cabeça das mulheres durante esta decisão. Mesmo que uma parceira minha estivesse grávida e optasse pelo aborto, eu a deixaria ciente da minha posição, sem faze lo de forma a causar constrangimento, e sim apenas de expor minha contrariedade, pois da minha parte, apoio emocional e financeiros estariam garantidos, o que infelizmente não é uma realidade geral. Há séculos, senão milênios, a política é machista, sexista e voltada a determinar o que cada uma pode ou não fazer consigo mesma. Pensa se mais na manutenção de uma vida ainda em formação do que naquela já formada, e nas consequências que isto implicaria para ambos após o nascimento.
Num momento de acirramento de ideologias político-religiosas, de posições políticas apaixonadas e emburrecidas, eu opto pela liberdade que cada um tem em decidir seu destino. E aproveitando este mesmo acirramento, é extremamente estarrecedor que muitos dos que são veementemente contrários ao aborto serem também favoráveis a pena de morte. Se um feto é uma vida plena e não pode ser "assassinado", como dizem, porque uma vida adulta pode? Isto é ser pró nascimento, e não pró vida!
Outro ponto é que o fato de não ser legalizado não implica em não ser praticado. As mulheres pobres os fazem com métodos que até colocam suas vidas em risco, enquanto aquelas mais abastadas viajam para onde o aborto é legalizado, pagam por isto e continuam com suas vidas sem riscos.

Eu não me refuto a tratar de temas polêmicos envolvendo Israel e em parte o judaismo (tenho tentado manter valores religiosos de lado), e tenho sido alvo de críticas por conta das minhas opiniões expressadas tanto aqui no blog quanto pelo Facebook. E isto, para mim, servem como combustível para continuar, pois este blog não tem a preteção de ser mais do mesmo, de mostrar apenas belezas e exaltar Israel, ou de ser como aqueles que tão cegamente o crítica, sem nem mesmo ter chegado perto daqui; minha pretenção é fazer a devida comparação com o Brasil, ilustrar seus acertos e erros, pois entendo que algo que esteja bom pode ser melhorado.
Quero deixar claro que ser religioso não me faz ser contra liberdade individuais!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

2 anos longe de muitos, mais perto de mim.

Já pararam para pensar que a vida de uma pessoa é como um livro, escrito em tempo real? Felizmente, ou não, jamais teremos acesso a totali...