terça-feira, 19 de setembro de 2017

Estatísticas de Israel

Com a chegado do final do ano, de acordo com o caledário judaico, a Secretaria Geral de Estatísticas de Israel divulgou alguns dados do último ano (de setembro/16 a setembro/17), traduzidos pela Gladis Berezowisky, uma das maioria especialistas em imigração de brasileiros para Israel. Estes dados foram divulgados pelo site de notícias Walla:

Lembrando que de acordo com o Banco Central do Brasil, no dia 18/09/2017, o câmbio entre Real e Shekel Novo é de R$ 1,00 para ₪1,13, ou fazendo a cotação inversão, a partir de ₪1,00 teremos R$0,89. Embora estes não sejam os valores encontrados no varejo, são dados oficiais a título de comércio exterior, por exemplo.
Notem que, embora o salário médio familiar seja considero elevado, representando entre 3 e 4x mais que o salário mínimo daqui (₪4600), os gastos médios também são elevados.

domingo, 17 de setembro de 2017

O Verão em Israel

Pode parecer estranho, mas o verão em Israel é muito mais intenso que no Brasil, um país tropical. Primeiro ponto a se aprender é que Israel tem clima mediterrâneo, do norte ao centro, passando por Jerusalém, mediterrâneo desertico até Beer Sheva e desértico arábico ao sul até Eilat.
Mas o que é clima Mediterrâneo? É um clima típico das regiões que circundam o Mar Mediterrâneo, Temperado, ou seja, com as estações bem definidas, com verões secos e quentes, e o inverno frio e úmido. É possível encontrar este clima também noutras regiões do mundo, como Austrália e Chile.
A primeira diferença que notei é a baixa umidade relativa do ar. Desde a minha chegada, em abril, ou seja, meio da primavera do hemifério norte, Israel mantem se imersa numa grande onda de ar quente e seco com poucos ventos, com exceção a região central, onde se localiza Tel Aviv, que fica úmida, quase como nos trópicos. As tempeturas máximas ficam constantemente quente, em geral, em 35ºC, com picos de altas chegando a casa dos 44ºC, seguidas de maior queda de umidade (podendo chegar até a menos de 10%), e mínimas que dificilmente ficam abaixo dos 25ºC. São poucas as nuvens no céu!
Neste período do ano, embora pouco se fale a respeito, quando ocorrem estes picos de temperatura, conhecidos como Sharav ou Hamsim, mortes por desidratação intensa são registradas, normalmente de turistas desavisados e que gostam de sentir o forte calor sem tomar as devidas providências. Menos mal que são poucas, mas isto é apenas para dar uma dimensão do perigo que existe por trás do calor daqui. Não é para se evitar o passeio, e sim tomar alguns cuidados míminos.
O primeiro cuidado é ingerir muito mais água do que o de costume. No Brasil normalmente recomendam de 2 a 3 litros por dia, aqui são de 3 a 4 litros/dia, e beber antes de sentir sede. A desitratação aqui normalmente leva a pessoa a um estado de forte dor de cabeça, que pode ser seguida de fraqueza, e em casos extremos e perigosos, a desmaios. Ou seja, quando se sente sede, pode ser tarde!
O uso de protetor solar forte em todo o corpo, e repassa lo, são fundamentais, mesmo quando se está sob a sobra, pois o reflexo da luz do sol também causa queimaduras. Uso de roupas claras e leves. Alimentação leve com muitas frutas e verduras. Uso de chapéus e óculos escuros. Só chamo a atenção que no Brasil é comum o uso de óculos piratas, que apenas escurecem a vista, sem ter qualquer proteção UVA, o que o torna até mais perigoso que ficar sem. E quando possível, evitar passeios sob o Sol no horário de pico, das 11h as 15h.
E o pior é que este também o período de reprodução das Medusas no Mar Mediterrâneo, atrapalhando os banhistas que querem se refrescar nas praias de Ashkelon a Nahariá.
Particularmente não aproveitei as praias, mas passeei com uma turma da Marcha da Vida por Jerusalém sob um calor de 34ºC, e tomado os devidos cuidados citados, foi extremamente proveitoso.
Este ano inclusive, aproveitando que o calor esteve mais forte do que já é esperado, uma campanha publicitária muito engraçada da empresa de TV por assinatura YES, foi lançada se aproveitando muito dos clichês do verão: forte calor, turistas europeu "tostando" sob o sol, mosquitos, medusas, sensação de estar "assando". Mesmo estando em francês e legendado em hebraico, é fácil de entender.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Quanto custa viver em Israel?

Custo de vida é sempre um assunto um pouco complicado de tratar pois demanda o quanto se gasta e o quanto se tem para gastar.
De um modo geral, o custo de vida no Brasil não é tão caro como eventualmente possa parecer, mas o problema reside no fato do salário médio ser baixo, a começar pelo salário mínimo.
A minha primeira impressão ao chegar em Israel foi de susto tamanho o custo de coisas simples. Lembro de ter chegado no final de abril de 2017 e ao final daquele primeiro dia, resolvi ir a um mercearia próxima de onde moro, pois não sabia como tomar um ônibus, onde tinha um mercado...
Comprei um pacote de pão de forma integral, um ponte de 200g de humus, um suco pronto, shampoo, iogurte natural e isto me custou aproximadamente ₪ 80 (shekels, +- R$78). Como eu vim para cá sem travesseiro, comprei um por "míseros" ₪ 300 (+-R$ 290). Em cada uma destas compras no Brasil eu não teria gasto nem a metade.

Com o tempo fui me acostumando com os valores e aprendendo ainda mais a importância de economizar, de buscar o melhor preço sempre. Daí agora meu plano de telefonia celular aqui inclui uns 500 min de ligações (em Israel só há ligação local), e 100GB de dados de internet 4G (de verdade) por ₪ 45 por mês, faço compras num mercadinho chamado Super Cofix que vende quase tudo por ₪ 5 (claro que também em porções menores, mas aqui estou solteiro), verduras e legumes no shuk (feira).
Também aprendi que aqui é muito melhor comprar em quantidade, no melhor estilo leve "3 e pague 2".
Porém, para resumir, gostei de uma análise feita por outro olê (imigrante) do Brasil, Gabriel Eigner, onde ele compara onde é mais caro, ou mais fácil, comprar um carro. No Brasil é possível comprar carro de fabricação nacional, em Israel todos são importados.
Para efeito de cálculo, ele arrendondou o salário mínimo em Israel para US$ 1.400 e no Brasil para US$ 300, e fez um comparativo entre 2 carros, na categoria "importados" nos dois países, para manter um patamar de qualidade e origem:

Portanto, por este cálculo simples, temos que nos perguntar:
Onde é mais fácil comprar um carro, e não onde é mais barato.
Ele ainda acrescenta que "não devemos comparar preços de mercadorias entre 2 países sem analisar alguns detalhes que fazem parte da complexa teoria de "Formação de Preços" e do "Potencial de Consumo"."
Por isto que também é muito comum se encontrar taxis em carros padrão superior ao Brasil, como Mercedes-Benz classe C.
Minha intenção aqui é apenas de ilustrar uma realidade, e não dizer que Israel é o melhor lugar do mundo e o Brasil o pior lugar do mundo. Longe disso! Quando a crise política, que tanto afeta a ecônomia brasileira, passar, creio muito que o Brasil retormará um ritmo de crescimento consistente, mas ainda assim estará longe de alcançar Israel ou outros países desenvolvidos. Só que quem disse que qualidade de vida é competição?

2 anos longe de muitos, mais perto de mim.

Já pararam para pensar que a vida de uma pessoa é como um livro, escrito em tempo real? Felizmente, ou não, jamais teremos acesso a totali...